Assim caminha a humanidade
A humanidade em tudo se perturba,
É tão contestadora e intransigente.
Quando há muito barulho, fica surda,
Mas no silêncio é sempre impaciente.
No próprio coração jamais expurga,
O lixo da miséria recorrente;
A ideia de roubar, acha absurda,
Mas, à corrupção, é indiferente.
Jamais enxerga um palmo do nariz;
Quando reclama, falta conteúdo
E quando deve agir, se contradiz.
...E vai vivendo, assim, sua vida a esmo,
Dos outros exigindo sempre tudo,
Jamais cobrando tudo de si mesmo.