Conversas com Narciso - XI
Como uma borboleta recém-liberta
Do frasco da ordinariedade
Quero bater tanto as asas
Até formar uma tempestade
De proporção avassaladora
Tempestade essa colorida
Das asas inspirada
Que deixe a terra varrida
Que destrua tudo e todos
Por ali me terem fechado.
Morte ao mundo velho!
Podiam ter evitado tantos mortos
Se ao menos tivessem pensado
Fecharem-me com um espelho.