O rico e o pobre

Tu és rico, amigo meu, e eu sou pobre;

Meu nascimento é obscuro e ignorado,

Já tu ao mundo vieste a ser festejado

Em meio à opulência de um berço nobre.

Invejo-lhe o luxuoso manto que o cobre

Enquanto ando à própria mercê, esfarrapado,

E só em sonhos posso ver-me saciado

Com qualquer resto que de teus festins sobre.

Quando vais ao toalete para cagar,

Estou certo – com pura seda, ao final,

É que vêm teus lacaios para o limpar…

Que isto lhe inspire pena, afinal –

Meu pobre rabo sou forçado a esfolar

Com as palestras do Sr. Dr. Deval!

Galaktion Eshmakishvili
Enviado por Galaktion Eshmakishvili em 18/01/2022
Código do texto: T7432185
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