Noite de Acaso

Encontro-me insano quando vejo

Este rosto frio, sem doce algum

A boca sem graça, não merece um beijo

Os olhos sem brilho, sempre tão comuns

Que vejo eu de belo neste teu corpo?

Rosas murchas, galhos secos...vãos

Anômalo sentido no correr das mãos

Enganado-te com versos rotos

Seria nada mais que um fremir insípido

Uma explosão míngua do inconsciente

Depois, uma ânsia de amanhecer

Uma inundação a mais dessa fluente

Carícia perdida, mas noite sempre quente

Flúido combustível deste meu viver.