Conversas com Narciso - VII

Um espelho por cima da cama pendurei

Para de manhã seres a primeira coisa que vejo

Que me caísses em cima era meu desejo

Mas eu nunca mais acordei

Porque de facto nunca mais adormeci

Passo as noites olhando para o teto

E vejo-te ali tão quieto

De tanto na cama, adoeci

Mas doente eu já estava

Ciente da minha condição

Este amor não é saudável

Que obsessão parva

Por Zeus, quero-te na mão!

Anda lá, faz-te palpável!

Christophorus Columbus
Enviado por Christophorus Columbus em 16/01/2022
Código do texto: T7430363
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