Conversas com Narciso - VII
Um espelho por cima da cama pendurei
Para de manhã seres a primeira coisa que vejo
Que me caísses em cima era meu desejo
Mas eu nunca mais acordei
Porque de facto nunca mais adormeci
Passo as noites olhando para o teto
E vejo-te ali tão quieto
De tanto na cama, adoeci
Mas doente eu já estava
Ciente da minha condição
Este amor não é saudável
Que obsessão parva
Por Zeus, quero-te na mão!
Anda lá, faz-te palpável!