NADA
Só sei que nada sei de quase nada
e nada do que sei não vou dizer
não sei de nada do que é bom fazer
pior, nem sei por que estás calada.
Difícil é responder, eu sei, amada,
que inda não sei do que devo ou não fazer
se na saída ou na entrada, me perder,
que rumo tomar na encruzilhada?
Mas quando tu virás? Vai, me responde.
Da história, será, vou perder o bonde?
Procuro e tão somente encontro o nada.
Inúteis fantasias inda persisto...
Rimar contra a maré, por que insisto?
Teu rumo se perdeu da minha estrada.
Josérobertopalácio