Conversas com Narciso - I

Te admiro quando te vejo no espelho

No mesmo quarto, mas noutra dimensão

Aponto-te o dedo quando te dou um conselho

Mas nunca te aperto a mão

Que será de nós quando for velho?

Quando tiver ofusca visão

Se me doer muito o joelho

Vou cair, mas gritar Não!

Não! Não me ajoelho perante ninguém!

Muito menos perante a minha pessoa!

Ainda não sou um fracassado!

Não me olhes com desdém

Por muito velho que esteja

De ti, não estou cansado

Christophorus Columbus
Enviado por Christophorus Columbus em 14/01/2022
Código do texto: T7429170
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