Nosso universo
Aqui em meu cárcere eu vivo feliz,
escutando esse silêncio profundo,
estou longe das maldades do mundo,
de um ser humano que se contradiz.
Entre noites e dias me confundo,
nada cura essa minha cicatriz,
e sempre escuto aquela voz que diz:
"Cultivaste na alma o campo infecundo"
Não existe o verde e já não cresce a flor,
um inóspito solo sem jardim,
e não sei como usar um aspersor.
Não sei dizer se é começo ou o fim,
o reinventar do amor ou a eterna dor,
preso no universo dentro de mim...