Entre as nimbus, nuvens violentas
Entre as nimbus, nuvens violentas
Nuvens pesadas, condensadas, escuras
Habituado a repousar sem cobertura
Eu forrei a minha cama na tormenta
E incontrolável, a chuva rebenta
Insensível a minha desventura
E essa atribulação me desfigura
Eu absorvo o mal que me atormenta
Enquanto a chuva cai sobre minha pele
Vago tal um fantasma que a tudo repele
E encontro alento em uma noite fria
Pois não tive de mais ninguém alento
Sigo como as nuvens, rumo ao vento
E vivo alimentando a minha letargia