A NAU...
Não livro meu rosto do rastro mar do cio,
Que tranquilo recebe as margens ressecadas,
Onde é liberado o salgado gosto do frio,
O fim das lágrimas em início da ressaca.
Sem brumas, sem brisa, apenas ardil,
A lembrar que somos tempestade do nada,
O tempo que muda e nos impõe desafio,
No qual somos saudade navio e falhas.
No amor que não perdoa iniciantes,
A transbordar na viagem a dor viciante,
Mesmo mostrando os destroços pelo caminho.
O olhar perdido no eterno horizonte,
Na sereia da armadilha em som cativante,
A nos deixar cego em delírios e redemoinhos.