A NAU...

Não livro meu rosto do rastro mar do cio,

Que tranquilo recebe as margens ressecadas,

Onde é liberado o salgado gosto do frio,

O fim das lágrimas em início da ressaca.

Sem brumas, sem brisa, apenas ardil,

A lembrar que somos tempestade do nada,

O tempo que muda e nos impõe desafio,

No qual somos saudade navio e falhas.

No amor que não perdoa iniciantes,

A transbordar na viagem a dor viciante,

Mesmo mostrando os destroços pelo caminho.

O olhar perdido no eterno horizonte,

Na sereia da armadilha em som cativante,

A nos deixar cego em delírios e redemoinhos.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 07/01/2022
Código do texto: T7424354
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