Soneto Social
Tristes as realidades! Esses ais,
Ou que venham dos simples ou ufanos,
São os brados doridos, desumanos,
Dados aos homens pelos "imortais".
São lágrimas diárias! Nada mais!
Fazer o que? Se só aumentam danos?
Não adianta sequer fazer mais planos;
Não sairão do papel, meu Deus, jamais!
Os grandes só esmagam os pequenos,
Assim sendo, se vai toda a esperança;
Não restam nem mais lágrimas ao menos...
O povo sofre, rasteja, se cansa,
Não reage como os heróis helenos
E os maiores conseguem mais pujança.