Assim caminha a desumanidade
Me sinto preso à areia movediça,
de um mundo desumano e desigual.
Eu tenho fome e sede de justiça.
E mais me espanta o imenso lamaçal.
A fome de riqueza, a vil cobiça
da elite que se diz especial,
espalha a dor e o sofrimento viça.
Denotativa fome corporal.
Fecundos campos todos semeados
e os celeiros de grãos abarrotados,
precisam de uma urgente explicação.
Tão poucos se esbaldando na riqueza,
e a grande massa imersa na pobreza,
clamando, inutilmente, pelo pão.