Apague a luz
O último que amar, apague a luz,
Pois, a ribalta acesa é desperdício.
Faça por amor, um sacrifício,
Em um quarto escuro, o amor conduz.
Acautele-se ao pedido que eu propus,
Amar intensamente, não é vício.
À uma vida nova, é o início,
É o forte carregando a sua cruz.
E, se acabou o amor, a luz, acenda,
O fato consumado é visível.
O ósculo ofertado é uma prenda,
O amor feito no escuro é plausível.
À toda santidade é oferenda,
Amar como eu te amo, é impossível.