Com o mundo ressentido.
Estive vivo esses anos todos e lamento,
Por que eu não me lembro de viver...
Em todas as ações a culpa me reconhece.
Os males que sente o inocente condenado,
Torturantemente passei-os a todos sofrer,
Então vivo ressentido com o mundo e tudo.
No peito não mais cabe nenhuma esperança!
Falta-me a coragem de ser aquela criança ,
Cuja insensibilidade não me fazia temer!
Se a voz dissesse não ser perdido o tempo,
E que depois silenciasse alguns momentos.
Para que pudesse da ansiedade me livrar!
E eu voltasse a ser aquele garoto franzino,
Que muitas adversidades conseguiu superar.