Minh'alma
Minh'alma cansou de amar tanto assim,
Queria a razão para o meu bem viver.
E tu esquivaste, fugindo de mim,
Deixaste-me à toa e a fenecer.
Sonhava-te anjo, ou um querubim,
Beijei tua boca, que nunca beijei.
Tu eras apenas, o início do fim,
A estrada sombria que eu não caminhei.
Minh'alma, já tórrida, te clama frescor,
Pois, já não suporta a desilusão.
Só quer vida amena, serena, primor,
Esvai-se a vida em fremente calor.
Me deixes tristonho, morrendo em vão,
Minh'alma aquarela, é vil, incolor.