Gárgula
Meu efusivo coração hemorrágico
Desconhecendo a tua face horrenda
Tornou-se presa miserável de oferenda
No teu insano ritual antropofágico
Na minha boca, teu sabor era letárgico
Aprisionado em tuas linhas de repulsa
Com teu olhar insidioso de medusa
Petrificou-me neste gárgula trágico
E fui um Gargula, resguardando teu ego mais de repente no desespero de um cego
Arranquei os dois olhos de pavor
E enxerguei toda a desonra que cobria
Quebrando o copo até a borda que eu bebia
Envenenado em tua cidra de amor