CULPA
Veio assim, como quem não queria
Que eu soubesse da sua presença,
Mas trazia em si uma sentença,
Devida a coisas que nem eu sabia.
Ou, devido ao tempo, já esquecia.
Algum descaso, ou por alguma ofensa,
Coisa, a meu ver pequena, mas imensa,
Quando o ofendido é quem a via.
Lembrando aqui de algo que disse
Sem mesmo pensar, fiz esta tolice.
Agora sei, não se deve dar conselho,
Principalmente a quem não os pediu.
Hoje não daria nem que pedisse.
Um conselho? Finja que não ouviu.