Coração sem dono
Hoje, que misturei cerveja e vinho;
Soneto, redondilha e cordel...
Que misturei Natal, papai Noel...
Com a boa cachaça do vizinho.
Hoje que tropecei pelo caminho,
Que liga o botequim ao paraíso;
A falta de dinheiro e de juízo,
À flor que não caiu do colarinho.
Hoje, que ao amanhã ainda espera,
Como o verão depois da primavera,
E a primavera antes do outono...
Eu vou me embriagar, dia após dia,
Até sentir de novo o que eu sentia
Quando o meu coração não tinha dono.