Sublime discreto
Mávida, a pedra escura, imóvel, solitária
Desliza entre os granitos do rochedo
Venera em minudente de segredo...
Décadas de clausura imaginária...
Formula a forma fosforente do folguedo
E o sonho adormecido, a faixa etária
Oscila como a ágide nefária...
Reminiscências como alente enredo...
Despojos de frescura,extáticos habita
Louro da mocidade, a hora magistral
Numa canção fulgente,a música bonita.
Oa caminhos incertos de pobre nirvana
o sublime discreto, a palma sepulcral
Chamas vivas da vida da velhice humana!
Julio Moreira
Contrastes . poesias