Horas vagas
E o ditoso coqueiro, esbelta formosura
Que adorna a alameda, a luz acesa
E resiste no tempo com bravura
Acerca da jornada,infinita beleza.
E sustenta no tronco, a ramada natura
As filandras de fino traço de nobreza
- O pássaro modula com ternura....
Uma forma de ninho, a forma de proeza.
Chora as pedras, primores,luzes, plagas
E apetece do lamento - horas vagas -
Descreves o reflexo,descrito na folhagem.
Quando o Luar expira, extrema madrugada
Gemido de saudade; uma face engelhada
Na vaga Estrela do translato da miragem!
Julio Moreira
Contrastes . poesias