TARDE! MUITO TARDE! TARDE DEMAIS!

 

Meu grande amor passou por minha vida,
E, no entanto, eu não o soube discernir;
Esnobando-o, ele levou, de vencida,
Os motivos que eu tinha pra sorrir!

 

Sem antes enxergar a trama urdida
Para nos separar e nos ferir
Meu amor fez uma escolha irrefletida
Que a mim resta aceitar sem intervir!

 

E agora o que eu faço com essa dor
Que me traspassa o peito entristecido
Que no sofrer acabrunhado jaz?!...

 

Não há nada a fazer... Só há o palor
Da morte a sussurrar ao pé do ouvido:
Tarde! Muito tarde! Tarde demais!

 

Portel, Pará, Brasil, 28 de janeiro de 2010.
Composto por Pedro Paulo Barreto de Lima.
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