NOS BRAÇOS DA QUIMERA

Antigas emoções me deixam preso

em sonhos dulçorosos, multicores

e nutro fantasias, indefeso,

buscando o refrigério destas dores.

O coração parece estar ileso

ao regressar de tantos esplendores

e logo sente o açoite do desprezo,

envolto novamente em amargores.

Encantam-me as veredas na viagem

que faço quando aceito a vassalagem

imposta pela ausência que lacera.

Partiste e, desde aquela despedida,

não posso mais seguir a minha vida

sem mergulhar nos braços da quimera.