Lembrança de um saco de pipoca
E lá estava o saco de pipoca
Manchado de batom, ou coisa assim.
De longe, parecia rir de mim,
Ou duma impertinente muriçoca
Que flertava as flores do jardim.
E era carnaval naquele dia!
E o saco de pipoca não sabia,
Mas tudo nessa vida tem seu fim.
Nesse exato momento veio um vento,
Que parecia ler o meu intento,
E o levou, ninguém sabe pra onde.
E era carnaval naquele dia!
Então eu perguntei à poesia,
Que sabe onde ele está, mas não responde.