Pingos de sol, pingos de chuva
Em que tardes tão quentes o amor se esfria?
Como pingo que mira e quase não acerta
Ou como a chuva que molha a folha vazia
Esperando menino virar homem poeta
Em que chuva tão fria o amor se esquenta?
Como fogo que queima e nada se dói
Até quando o olhar conversa e lamenta?
O infinito de um tempo que não se constrói
São pingos que esfriam e queimam somente
O fogo e o gelo a quem lhes convém
As medidas são coisas tão dependentes
Dos que lançam os pingos sem muitos porens
Esperando um acerto ou um erro frequente
De amor que pingando preencha alguém
Rosilene Leonardo da Silva