Em Muitos
"Tudo se acaba, tudo tem um fim."
Disse um homem que, morto, viu o inferno,
A eternidade conhecendo enfim...
"Que bom que, se há morte, há também o Eterno!"
Disse o paradoxal, bom e ruim.
"Todo o bem real é ainda um interno,
O lídimo puro amor outrossim."
Falou tal ser do além, um vivo e terno.
Em muitos, vários "justos" protestaram:
"Acautela-te umbrático demônio,
Tua mentira é óbvia!", berraram.
E, tufada, zarpou a turba dos "lógicos"
Num movimento esnobe e babilônio.
Fez-se a "ciência" desses ideológicos.