Soneto à Minha Janela
Minha janela é minha inspiração.
Dela eu vejo tudo o que me importa:
Seja uma rosa viva, a folha morta,
O sol pintado as cores de verão.
Seja essa rosa viva, inda botão
Ou uma flor adulta e imponente.
Seja o sol da manhã, incandescente
Ou do final da tarde, em lassidão.
Minha janela nunca me diz não,
Independentemente do momento,
Qualquer que seja a voz do pensamento
Ou a luz implicante da visão.
Minha janela alcança o firmamento
E, simultaneamente, alcança o chão.