Novas Lágrimas
Queria um paraíso aqui na terra,
Para tanto os grilhões o têm forçado
E a seguir segue tal qual um soldado
Marchando lentamente para guerra.
Em seu olhar nenhuma causa encerra.
Basta o viver neste instante, saciado,
Quem não conhece o fruto do pecado
A si, se desconhece; a si, se aferra.
Sendo assim em noitadas se esparrama
E não pensa no fim nem na colheita
Fará que, espedaçado e roto em lama.
Mas quando acorda, acorda - Que má seita! -
Naqueles jorros trágicos derrama
Toda a dor moral que foi desfeita.