SONETO DOS ARPEJOS LASCIVOS

 

Quando carinhosamente te enroscas em meu corpo
Abraça-me a inausente manhã de outubro
Num êxtase orgástico que me envolve todo
Poetizando a tumescência de teus seios rubros!

Quando, perdida, te entregas aos meus galanteios,
Às juras de amor que te faço, indeléveis!
Polplasma-te em meu ser com total devaneio
Que dir-se-ia sermos um só, esculpidos em neve…

Sob minhas carícias teus arpejos lascivos
Me fazem teu escravo, teu humilde cativo
Rociada papoula, sonho que acaricia…

Caminho em teus declives e me sinto no céu…
Bebo em teus pequenos lábios o mais doce mel
Que existe em teu favo, ó Marta Garcia!

 

Melgaço, Pará, Brasil, 27 de janeiro de 2010.
Composto por Jaime Adilton Marques de Araújo.
◄ Soneto Anterior | Próximo Soneto ►