FIM DE TARDE.
É apenas mais um fim de tarde
e, em seu lento declínio horizontal
traz consigo o seu típico alarde
de aves cantarolando sem igual.
Diante de mim, uma xícara vazia
de café, na cabeça pensamentos
soltos, em uma total anarquia
brigando com os meus sentimentos.
Observo atento a tela da natureza
em sua esplendorosa beleza
tão intimista, profunda e natural.
Me considero, diante disso tudo
um poeta tão pequeno e covarde
por não dar letra, essa dor que invade.