FIM DE TARDE.

É apenas mais um fim de tarde

e, em seu lento declínio horizontal

traz consigo o seu típico alarde 

de aves cantarolando sem igual.

Diante de mim, uma xícara vazia

de café, na cabeça pensamentos

soltos, em uma total anarquia

brigando com os meus sentimentos.

Observo atento a tela da natureza

em sua esplendorosa beleza

tão intimista, profunda e natural.

Me considero, diante disso tudo 

um poeta tão pequeno e covarde

por não dar letra, essa dor que invade.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 03/12/2021
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