Manhã de Amor
Embrenhei-me em calor de insistente desejo,
na saudade que a luz das estrelas macera.
No vazio de ti abracei a quimera
no luar entrevi um sorriso em lampejo.
Desejei encontrar-te em olhares sem pejo,
num enleio enflorar a fugaz primavera.
Resisti com ardor que no ser reverbera,
num encanto de sonho engendrei um ensejo:
devaneio de amor, cintilante delírio,
na sonoite que brilha, um perfume de lírio
e num mago prazer, a esperança de um flerte...
Com um beijo de aroma e sabor de romã,
ansiando por ti no romper da manhã,
desatino a sonhar, na certeza de ter-te!
Belíssima interação do amigo Jacó Filho:
PRESENTE DIVINO
Sob raios do Sol nascente,
Tu vens nos braços do vento.
E o teu olhar ardente,
Revela o sentimento.
De ter um amor celeste,
Num ambiente campestre,
Que o céu moldou pra gente,
E por ter merecimento,
Sob raios do Sol nascente,
Tu vens nos braços do vento.
Meu amigo Solano Brum:
POESIA
Nunca tive o teu olhar tão perto...
E quando o tive, levou-me a agonia
Do pejo, do calar, do que seria certo
Ter na boca o sabor da ambrosia!
Era uma tarde azul; um céu aberto;
Sonoro cantar de pássaro se ouvia!
Canteiros floridos e um chão, coberto
De pétalas... O aroma nos envolvia!
Sonhava vendo-a passar... Sonhava
Sentindo nas férteis imaginações
A fantasia do meu intento incerto!
À noite, para as estrelas, eu contava;
Jurando que lhe falaria das paixões,
Calando-me vendo seu olhar de perto!