Manhã de Amor

Embrenhei-me em calor de insistente desejo,

na saudade que a luz das estrelas macera.

No vazio de ti abracei a quimera

no luar entrevi um sorriso em lampejo.

Desejei encontrar-te em olhares sem pejo,

num enleio enflorar a fugaz primavera.

Resisti com ardor que no ser reverbera,

num encanto de sonho engendrei um ensejo:

devaneio de amor, cintilante delírio,

na sonoite que brilha, um perfume de lírio

e num mago prazer, a esperança de um flerte...

Com um beijo de aroma e sabor de romã,

ansiando por ti no romper da manhã,

desatino a sonhar, na certeza de ter-te!

Belíssima interação do amigo Jacó Filho:

PRESENTE DIVINO

Sob raios do Sol nascente,

Tu vens nos braços do vento.

E o teu olhar ardente,

Revela o sentimento.

De ter um amor celeste,

Num ambiente campestre,

Que o céu moldou pra gente,

E por ter merecimento,

Sob raios do Sol nascente,

Tu vens nos braços do vento.

Meu amigo Solano Brum:

POESIA

Nunca tive o teu olhar tão perto...

E quando o tive, levou-me a agonia

Do pejo, do calar, do que seria certo

Ter na boca o sabor da ambrosia!

Era uma tarde azul; um céu aberto;

Sonoro cantar de pássaro se ouvia!

Canteiros floridos e um chão, coberto

De pétalas... O aroma nos envolvia!

Sonhava vendo-a passar... Sonhava

Sentindo nas férteis imaginações

A fantasia do meu intento incerto!

À noite, para as estrelas, eu contava;

Jurando que lhe falaria das paixões,

Calando-me vendo seu olhar de perto!

Geisa Alves
Enviado por Geisa Alves em 02/12/2021
Reeditado em 02/12/2021
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