SONETO DA INFIDELIDADE.
Já era manhã quando vi em seu
rosto despontar um desavisado
sorrir, que, certamente não era meu
deixando-me assim tão desatinado.
Estavas ainda em tão pesado
sono que você não me percebeu
ali, contemplativo ao seu lado
com um sorriso de um falso eu.
Fiquei tentado a descobrir
que sonho misterioso seria aquele
na qual, espontaneamente te fez sorrir.
Talvez seria a imagem dele
em tuas manhãs sempre a repetir
mas, afinal, quem será ele?