DESBARATO

Esperei por poética em vão, suando imaginação

Lacrimejando sensações, versos vãos, saudades

Arranquei suspiros indefesos e também emoção

Entre dispersas e as diversas sentidas vontades

Tive palácios, corte e versos com imortal ilusão

Com os jardins rimados com sonhos e vaidades

Adornei a cada aposento com direta inspiração

Chorei, ri, andei só, acolhido e com confrades

Em cada trova os sentimentos em ramalhetes

Eram versos a quem tem olhos ternos pra ler

Fui fiel bardo que sonhou e despertou jamais

E, nestas incertezas as hesitações em filetes

Fiz-me ladrão de quimeras, para esquecer

Sei que tudo passou e que não posso mais!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

01 dezembro, 2021, 05’05” – Araguari, MG

Vídeo poético no Canal do YouTube:

https://youtu.be/JOzHJaZXsek

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 01/12/2021
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