INFINDO SOFRIMENTO.
Tornei-me no meu pior tormento
a tal ponto que, dele não posso mais
sair, encarcerado aos meus ais
e com as dores do infindo sofrimento.
Tornei-me no que eu não queria
ser, e ainda pior, no que eu tanto
odiava, fui o meu próprio espanto
e aquilo que eu mais temia.
Desde então sou este ser embriagado
buscando no doce sabor do vinho
sempre um errante e perigoso caminho.
Dizem que sou este poeta desfigurado
vivendo sempre moribundo, depreciado
e insano, falando o tempo todo sozinho.