Feito: está feito!

Há silêncio no sonho insolente

e bravura na tortura expiada,

onde coração contrito consente

arrenegos de essência açoitada.

Noitada derradeira em relento,

aonde no breu soturno e sombrio,

do enclausurante pensamento

reluto perscrutando equilíbrio.

Fôlego sucinto desproporcionado,

retrocedo poucos trôpegos passos,

e salto cego fruindo do passado.

O feito está feito e consolidado,

restando realinhar rumos devassos,

para prosseguir - ledo - desmagoado.

Cesar de Paula
Enviado por Cesar de Paula em 27/11/2021
Reeditado em 11/12/2021
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