FLOR VIOLETA
Verso eidético evocado de reminiscências
Emergiu eloquente espontâneo petalado
Cheirando a saudades com vãs reticências
Desembainhado de coração despetalado
Vate anticético deslumbrado de franqueza
Onde a razoabilidade da natureza impera
Nem disfarça empenhado a dorida tristeza
Que é a pitada fática que a saudade tempera
Olha e relê o verso intempestivo abrolhado
Nem parece matutado elaborado concebido
Ou adormecido latente em lágrima demolhado
No fundo profundo da vazia desalmada gaveta
Será por tempo arquivado para lúdica maturação
E um dia revisitado reelaborado em flor violeta