Verso Perdido
Sou verso que se perde à luz da aurora,
nas voltas de um noturno labirinto,
nas linhas de um poema em que pressinto
a imensidão do ardor que em mim aflora...
Sou verso que se perde enquanto mora
nas brisas de um desejo insano, tinto.
Verso vadio, cálice de absinto,
com ébria voz insiste vida afora.
Sou verso que se perde na saudade,
neste querer brutal que nunca evade,
vagando, sempre, em tua busca, ao léu.
Mas onde estás, querido? Não te vejo...
Eu fico aqui tão só, um verso andejo,
a desejar, num beijo teu, o céu!
Belíssima interação do amigo HSiqueira
Teu verso escorre, como a fonte, pura,
Para formar um lago transparente
De beleza sem par, que acalma a gente
E faz voar à mente, sua leitura.
Lembras Florbela Espanca, em sua estrutura
Poética, - digo sinceramente!
Em teu estilo evidentemente;
Pois vejo nos teus versos, a doçura
Que faz sonhar, o insone e acalma a ira,
Trazendo ao coração, a paz e a cura
Das mazelas da vida, inteiramente!
Escreve os versos que a tu'alma aspira
Espalha a paz, o amor e a ternura;
E que Deus te abençoe, grandemente!
Meu amigo Jacó Filho:
Sou versos na voz do vento,
Que vai aos céus em tua busca,
Mas meu amor te ofusca,
E me faz voltar no tempo...
Da amiga Vera Mascarenhas:
Minha poesia tem versos que crio
em iluminado arrepio
transmite a voz que agora crio
e contrasto o mundo do parecer vazio..