A dor de Augusto dos Anjos

Lido o filósofo e poeta pagão

Schubert da técnica a inspiração

O sevo horror maligno devorava

Na narina mais sangue espirava.

Assessorando Hades o vil lúgubre

No solo do ermo cemitério fúnebre

Perece o último átimo do poeta

Nos vocábulos do infiel lisboeta.

Herético na sintonia de um gênio

Das aparições nefastas da morte

No espelho da alma sem nenhuma sorte.

Despedaçou as palavras pra se vingar

Da cidade hipócrita a se esfacelar

No reino dos ossos do heterogêneo.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 21/11/2021
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