Necropsia
Insana a face do horrendo finado
Um homem antigo e desconhecido
Corto o peito roxo e apodrecido
Um odor mortuário do calcinado.
Na luz argêntea arranco o coração
Retiro a gaze desta débil fera
Que cobre a ferida mortal que impera
Morte que devorou até o pulmão.
No fígado jaz uma tez esverdeada
Já as tripas estão podres e marcadas
Deixando no ar um odor melancólico.
Perolado pus na sua órbita ocular
Rim envolto em cor negra e tumular
Pelos sujos no corpo de fel único.