ARES DE ABRIL
Ares de abril em teu riso outonal
Raio solar nos cabelos teus moldura
E me afigura do teu olhar o frio...
Brisa que a face beija ao passar.
Aquece-me frívolo quase a gelar
Rosto transpassado breve rubor
Roço quente teu olhar sereno...
Morno calor na mente instilas.
Nua imagem resguardei-te verão
Corpo febril transpiravas ardor
Chama nata consumida em paixão
Que no tempo exaurida feneceu...
Equidistantes meu coração do seu
Frios os ares de abril esquecerão.