Delírio
Se escrevo sob a luz que em ti emana,
minhas palavras voam, delirantes
e com a intrepidez dos bons amantes
reúnem-se em etérea filigrana.
Ressurge a inspiração audaz, insana
na mágica euforia dos instantes.
Parece o sol, em raios cintilantes,
e o tom do verso ajusta, soberana!
Se escrevo sob o olhar que tu me deitas,
eu sinto a força plena da emoção,
minhas palavras loucas são perfeitas.
Não sei se é desatino ou lucidez,
mas, sempre, ao teu olhar renascerão
os versos que componho e tu não lês!