EM SEU CORPO

O gosto na garganta, visceral,

Matando a sede vívida entremeios,

Forjando à depressão umbilical

Ninho, emulação por sobre os seios

Do gozo imaginado ao natural.

Em fogo, contorções e devaneios

Remodelando o plano original...

Alma e carne em devotos manuseios.

Ao dorso enfim gozando enquanto forma

Superfícies estranhas ao relevo

Da pele que tocada se transforma

O pergaminho sobre o qual escrevo

As leis, estatutos, santa norma

Pela qual vivo e que morrer eu devo

Renan Ivanildo
Enviado por Renan Ivanildo em 15/11/2021
Reeditado em 06/09/2024
Código do texto: T7386137
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