EM SEU CORPO
O gosto na garganta, visceral,
Matando a sede vívida entremeios,
Forjando à depressão umbilical
Ninho, emulação por sobre os seios
Do gozo imaginado ao natural.
Em fogo, contorções e devaneios
Remodelando o plano original...
Alma e carne em devotos manuseios.
Ao dorso enfim gozando enquanto forma
Superfícies estranhas ao relevo
Da pele que tocada se transforma
O pergaminho sobre o qual escrevo
As leis, estatutos, santa norma
Pela qual vivo e que morrer eu devo