LÁPIDE DE UM POETA

Ando no cemitério - o passo é lento -

mas a interrogação, jamais estia...

Piso na terra fofa, sem alento,

sinto que a morte é fria e tão sombria!

 

Sem medo, ostento um riso truculento -

a vida nunca foi o que queria...

Mas via sempre o azul no céu cinzento,

o que temer se a luz de Deus me guia?

 

No meu enterro, quero o trivial...

Na lápide, um sorriso colossal,

eterno e, logo abaixo, escrito assim:

 

"A vida de um poeta não tem fim...

Sei que, hoje, sou poema no infinito,

em cada verso meu, eu ressuscito!"

 

Janete Sales Dany

 

TRILHA XLVIII 

 LÚGUBRE COM EPITÁFIO

Atividade

FÓRUM DO SONETO

T7384024

Janete Sales Dany
Enviado por Janete Sales Dany em 12/11/2021
Reeditado em 31/08/2023
Código do texto: T7384325
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.