LÁPIDE DE UM POETA
Ando no cemitério - o passo é lento -
mas a interrogação, jamais estia...
Piso na terra fofa, sem alento,
sinto que a morte é fria e tão sombria!
Sem medo, ostento um riso truculento -
a vida nunca foi o que queria...
Mas via sempre o azul no céu cinzento,
o que temer se a luz de Deus me guia?
No meu enterro, quero o trivial...
Na lápide, um sorriso colossal,
eterno e, logo abaixo, escrito assim:
"A vida de um poeta não tem fim...
Sei que, hoje, sou poema no infinito,
em cada verso meu, eu ressuscito!"
Janete Sales Dany
TRILHA XLVIII
LÚGUBRE COM EPITÁFIO
Atividade
FÓRUM DO SONETO
T7384024