DESEJO PLATÔNICO
Um desejo platônico que me domina,
Se assenhoreou do meu débil coração,
Desencadeou em mim um turbilhão,
De devaneios, essa tua vibe que fascina.
Esse teu olhar lúbrico me contamina,
O alvor da tua pele brilha na escuridão,
Me enlouquecendo de tanta paixão,
Fico a chamar-te à noite, oh, minha menina.
De que me percebas fiquei na esperança
E chamas-me furtivamente, nessa loucura,
Então responder-te-ia como uma criança.
E mergulharemos numa sequiosa aventura,
Como dois dançarinos afoitos na dança,
Como dois bêbados numa frenética mistura.
(YEHORAM HABIBI)