VELHOS BRINQUEDOS

(Interação ao poema IOIÔ, do

poeta Leandro Severo)

Duas rodas unidas por um eixo,

Um pequeno barbante enrolado,

Faz a mágica de cair o queixo,

Faz o olhar ficar maravilhado.

Pedem para brincar, mas eu não deixo.

Não largo, acho qu’estou viciado,

Outro brinquedo melhor desconheço,

Num instante levou-me ao passado.

No seu sobe e desce, que não para,

O meu coração a pular dispara.

Era assim que brincava com vovô.

A geração dos games não conhece,

Os brinquedos que a gente não esquece,

Como este que chamamos de ioiô.

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Caro Armen, fiquei feliz com tua bela interação.

------- IOIÔ -------

Um brinquedo de nossa pouca idade,

Eu tinha um, produto artesanal,

duas conchas de coco e um varal,

Fazia minha alegria na mocidade.

Na moda, virou febre na cidade,

Alguns de nós se achava profissional,

Para o bem da verdade, isso era real,

Pois tínhamos de sobra, habilidade.

Ioiô que sobe e desce num barbante,

Num vai e vem em ritmo constante,

Criança não se cansa de brincar...,

Também virou ioiô meu coração,

Servindo de brinquedo num cordão,

Nas mãos de quem não soube me amar.

Piauiense Armengador de Versos

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 10/11/2021
Reeditado em 07/12/2021
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