PELE AFLITA

O teu sorriso, cheio de brandura,

acende um lumaréu no meu olhar,

enleia o coração que, a saltitar,

também se alumbra e, eufórico, murmura.

Dos ébrios pensamentos a fartura

de fantasias quero te mostrar

e oferecer ao nosso paladar

banquetes lambuzados de doçura.

Desejos em perfeita afinidade

suplicam que se curve à liberdade

qualquer sinal da nossa lucidez.

Derrama teu eflúvio redolente

na minha pele aflita e, novamente,

cruzemos a amplidão da languidez!