Madrugada
Eis um soneto em construção
Em uma madrugada sem sentido
Na qual sinto que tudo é em vão
E lamento por tudo não tido
Ler, ouvir, remexer, bocejar e lembrar
O sono que desejo não parece chegar
Vejo uma tentiva da vida em me pertubar
Como sempre, consiste em apenas desejar
Em silêncio, busco o barulho da rua
O calor é insuportável e angustiante
A paz está tão distante e fugaz
A nudez em partes de nada atenua
Com frio estou, mas não nua
Na cama errada, a correta é a tua