BONS TEMPOS!
Saudades são quimeras que enclausuramos no coração.
Raspei hoje, nosso tacho de requeijão,
Tacho, relíquia, liga de bom cobre.
Degustei poupando: pleno sabor,
Pura saudade e total recordação.
Raspei só, o tacho, no rabo do fogão.
Fogão a lenha com chaminé e forno.
Ajudava mamãe pelas recompensas.
Hoje raspo sabores e imaginação.
Sábado era bororó de panela,
Sem raspas, más... cheirava delicias!
Pedaço soprado... açúcar e canela.
Domingo, a macarronada, gostosa.
O frango caipira, caldo amarelado,
Família reunida, feliz... saudosa!