SOLIDÃO
Solidão, em refúgio e desespero,
Cativa o cenho de um ser estasiado,
Põe o sono, em vertigem, a par do lado
E, no outro, todo sonho torna efêmero.
Em afronta, eis o esplendor domingo,
A aurora verifica-se tristonha,
O recair deste olho sobre a fronha
Emudece e guarda o pranto consigo.
Por desvirtude, este dia tão atípico
Descortina o lampejo da segunda,
Ressurgindo fenômeno ametrópico.
Se a semana é espera moribunda,
O mês é como intervalo distópico
E o ano senão trajetória retunda.