QUANDO ELA ME DEIXOU
Quando ela me deixou, dizendo-se infeliz,
Eu a perdoei, e disse-lhe: Vá em paz!
Quando ela arrependida voltou atrás,
Eu aceitei, quem era eu pra ser juiz?
Quando depois ela zombou do que lhe fiz,
Numa linguagem zombeteira e mordaz,
Ainda assim, de perdoar eu fui capaz,
Modo de agir, de quem no amor é aprendiz.
Quando se foi, para cumprir o seu destino,
Deixando-me no peito negra cicatriz
A desvirtuar o meu peito de menino,
Fiquei descrente do amor e da bondade.
Sobrevivem só a fé e a vontade,
De algum dia ainda ser feliz.