VIS RETICÊNCIAS...
Tantas foram as vezes que chorei teu nome,
Outras foram tantas que o escrevi em vão,
Percebi o tempo como perdido, que some,
Embora tenha feito de servas as minhas mãos.
Sob a luz, a sombra que meu eu se esconde,
Ou talvez se afunde em sua própria escuridão,
Em lento tento criativo sem saber de onde,
O tino dita que seja do demente coração.
Esse amor que frustra, que em si consome,
Essa dor que incrusta e se sente ao longe,
Mas que dele não se admite a desistência.
Essa essência pura de eterna sede e fome,
Tão louca que tem a paixão por cognome,
E que nos lábios provoca vis reticências.