VIS RETICÊNCIAS...

Tantas foram as vezes que chorei teu nome,

Outras foram tantas que o escrevi em vão,

Percebi o tempo como perdido, que some,

Embora tenha feito de servas as minhas mãos.

Sob a luz, a sombra que meu eu se esconde,

Ou talvez se afunde em sua própria escuridão,

Em lento tento criativo sem saber de onde,

O tino dita que seja do demente coração.

Esse amor que frustra, que em si consome,

Essa dor que incrusta e se sente ao longe,

Mas que dele não se admite a desistência.

Essa essência pura de eterna sede e fome,

Tão louca que tem a paixão por cognome,

E que nos lábios provoca vis reticências.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 05/11/2021
Código do texto: T7379381
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